O Senhor Jesus
nos ensinou em Mateus 18, muitas coisas importantes que se voltam para a obra
de Deus. O primeiro título é "Quem é o mais importante". Ele tomou
como exemplo uma criança e disse que o mais importante é aquele que se humilha
e torna-se igual a ela. Ok.
O título
seguinte é: "O perigo do pecado", ponto-chave do que quero explorar
neste texto. Quando ele fala em pecado, podemos pensar em muitas coisas, tais
quais mentira, inveja, traição, roubo, etc. Mas na verdade, ele inicia este
assunto falando daqueles que creem em Deus. Ele nos diz, no versículo 6: “quanto
a estes pequeninos que creem em mim, se alguém for culpado de um deles me
abandonar, seria melhor que ela fosse jogada no lugar mais fundo do mar, com
uma pedra grande amarrada no pescoço.” Há todo um cuidado que se deve ter com
aqueles que creem em Jesus. Esses pequeninos não se reduzem às crianças, mas
também todos aqueles que de algum modo ainda não possuem uma fé fortalecida no
evangelho de Cristo e que, portanto, podem ser afastados de Deus com muita facilidade.
O rei Salomão,
no livro de Eclesiastes, nos revela algo muito sábio (estranho se não fosse) “uma
coisa é certa: quanto mais falamos, mais tolices dizemos; e não ganhamos nada
com isso” (6.11). Eu acrescento, para unir ao que estou tentando dizer, que em
alguns casos, não só não ganhamos, como perdemos. Almas se perdem, quando
falamos algo que não convém ou não sabemos como falar. E Jesus nos disse “ai do
culpado”, “ai do mundo” ... Confesso que tenho medo dos “ais” de Jesus!
Seguindo no
capítulo 18, o versículo 10 começa com “a ovelha perdida”. Este texto é muito
conhecido dos cristãos, inclusive muitos hinos tratam deste trecho bíblico.
Pois bem, “cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos!”. Deus não quer que
ninguém se perca e, por isso, se uma ovelha se perder, tendo o pastor cem
delas, deixa as noventa e nove pastando e vai em busca daquela. Ele fica feliz
quando a traz de volta ao rebanho. O propósito de Jesus era esse “vir ao mundo
e salvar os perdidos” e, se pensamos no que ele nos diz em João 14:12, “Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que
eu faço e as fará maiores do que estas”, nosso propósito deve coincidir com o
dele. Para que ele possa salvar o perdido, nós precisamos buscar esses perdidos,
pois ele foi para o Pai e, em hipótese alguma, podemos permitir que eles
abandonem a Cristo.
Logo, no
versículo 15, temos “o irmão que peca”. Se alguém faz algo errado, devemos
conversar com o irmão e mostrar que aquilo não é certo, mas em PARTICULAR. Bom
é se a pessoa ouve e aceita. Se não aceitar, a ideia é tentar novamente, com a
companhia de outros dois irmãos. Se ainda assim ela não aceitar, bom, o caso é
mais sério, mas melhor não pensar nessa hipótese. Depois vêm outros dois
textos, também de suma importância, mas me detenho até estes, para não me
prolongar tanto e fugir do foco.
Jesus nos
mostra que ele não rejeita nenhum que vem até ele. Desta forma, não aceita,
também, que nenhum se perca. Nos dias de hoje, muitos se perdem porque não são aceitos
tal como são, ou porque não são valorizados como deveriam. Pessoas novas entram
e saem a todo momento da igreja, isso é “normal”. O que me questiono é “por que
saem?”, qual foi o motivo para isso. Muitos creem que isso é normal e que, se
saiu volta e se não voltar “Deus permitiu assim”. Eu não creio que seja assim.
Creio que se Jesus estivesse aqui, ele correria para buscar aquele irmão que
não foi no culto passado, antes que ele pudesse pensar em se perder. Mas o
evangelho que eu tenho visto, que fique claro, não estou generalizando, é bem
diferente do que Cristo pregou.
O irmão não
foi no culto, ninguém se preocupa em ir atrás, em saber o que houve, nada. O
pastor não se preocupa com a ovelha que se perdeu, porque as noventa e nove
estão ali ainda. A tal “assistência espiritual” não existe. Não confundam o que
digo, aqui, com se meter na vida alheia, não é isso. Também não é estar toda
hora visitando a pessoa sem ser solicitado. O fato é que há sim a necessidade
de ir atrás das almas para que não se percam e que aquelas já estão unidas a
Cristo não venham a se perder novamente. A igreja não deve ser uma seleta, os
cultos são feitos a Deus, mas que bom é quando um pecador se arrepende e vem
para os caminhos do Senhor. É uma alma que movimenta o céu. Poderiam ser muito
mais. Mas e aquela que se perdeu? E a outra? E a outra? E a outra? Ei! Muitas
das cem não estão mais na casa do Pai! Não são aquelas noventa e nove. São
outras, diferentes, novas. Mas e as velhas? E as que se perderam do grupo
original? Onde andam? Pecando pelo mundo afora, errando, sofrendo, se
despedaçando, longe dos caminhos de Deus. Temos que gerar frutos, senão a obra
não está sendo feita de acordo com a vontade de Deus. A ideia é aumentar o
número de ovelhas do rebanho, não substituir as velhas por novas.
Que muitas
ovelhas iriam se perder, o próprio Jesus disse que ia acontecer. Não é por isso
que vamos simplesmente entregar a satanás essas almas, que com tanto sacrifício
na cruz Jesus comprou com seu sangue. Não podemos nos conformar com essas
perdas. São almas. É cada uma das gotas de sangue que Jesus verteu, as quais
nos dão a salvação, não só a nós, mas a essas almas. Amar as almas é o
fundamento de uma igreja. Não adianta amar a fama, os aplausos, os convites,
senão houver amor às almas. Não
acredito que seja necessário dar oportunidades para subir no púlpito pregar, cantar, dançar, etc., para que uma alma não se perca. Acredito que a assistência espiritual é o que mais importa. Se a pessoa busca uma cura, ela pode alcança-la através da oração dos irmãos. Se precisa de alimentos, a assistência social (de todo o corpo da igreja) pode dar os alimentos. Se está em casa, em depressão, algum irmão deve disponibilizar-se a visitá-la. O cargo ministerial de “assistência social/espiritual” não deve ser só para pedir alimentos a igreja em um culto x. É fazer o ide, é ir atrás das almas. Digo mais, não é só o pastor da igreja que deve fazer isso, o ide de Jesus foi ordenado a TODOS, não foi só para os pastores. Atender às viúvas e aos órfãos não é tarefa só dos pastores. É tarefa da igreja de Cristo.
acredito que seja necessário dar oportunidades para subir no púlpito pregar, cantar, dançar, etc., para que uma alma não se perca. Acredito que a assistência espiritual é o que mais importa. Se a pessoa busca uma cura, ela pode alcança-la através da oração dos irmãos. Se precisa de alimentos, a assistência social (de todo o corpo da igreja) pode dar os alimentos. Se está em casa, em depressão, algum irmão deve disponibilizar-se a visitá-la. O cargo ministerial de “assistência social/espiritual” não deve ser só para pedir alimentos a igreja em um culto x. É fazer o ide, é ir atrás das almas. Digo mais, não é só o pastor da igreja que deve fazer isso, o ide de Jesus foi ordenado a TODOS, não foi só para os pastores. Atender às viúvas e aos órfãos não é tarefa só dos pastores. É tarefa da igreja de Cristo.
É muito amor
ao palco e pouca caridade à plateia. Acho totalmente inútil subir ao púlpito,
tomar o microfone e dizer “vamos doar alimentos ao irmão x que está passando
por necessidades”, se outros irmãos há muito tempo não estão na casa do Pai
recebendo alimento espiritual e ninguém se importou. Acho inútil, cantar,
dançar, pular, “profetar”, dentro da igreja e na hora do evangelismo “ah, não
vou poder ir”.
Buscar as
ovelhas perdidas não é tarefa de uns, é de todos. Se você não consegue achar as
almas, mas consegue perder, preocupe-se. Se você consegue dançar e cantar, mas
não consegue oferecer a salvação ao seu amigo que está com problemas,
preocupe-se. O “ai” do Senhor, vai pesar sobre nós. E cada alma que se perde
por falha nossa, é, também, culpa nossa.
Falo aqui como
alguém que tentou fazer evangelismos, e que, por muitas vezes, foi podada. Falo
também como alguém que muitas vezes deixou de achar essas almas por falta de
maturidade espiritual. Falo como alguém que teme apresentar-se diante de Deus
sem almas. Falo por mim. Falo por nós, povo de Deus! A salvação é para todos,
não para uns e outros. É para TODOS!